quarta-feira, 25 de junho de 2008

Aonde andará o meu Doutor?


Aonde andará o meu Doutor? - (Desconheço o autor)

Hoje, acordei sentindo uma dorzinha...Aquela dor sem explicação e uma palpitação! Resolvi procurar um doutor... Fui divagando pelo caminho... Lembrei daquele médico que me atendia vestido de branco e que para mim tinha um pouco de pai, de amigo e de anjo... Meu doutor, que curava a minha dor! Não apenas a do meu corpo, mas a da minha alma... Que me transmitia paz e calma...

Chegando à recepção do consultório, fui atendida com uma pergunta! "Qual o seu plano? O meu plano“ Ahhh! O meu plano é viver mais e feliz! É dar sorrisos, aquecer os que sentem frio e preencher esse vazio que sinto agora!Mas, a resposta teria que ser outra! O "meu plano de saúde"... Apresentei o documento do dito cujo, já meio suado tanto quanto o meu bolso... E aguardei

Quando fui chamada, corri apressada... Ia ser atendida pelo doutor, ele que cura qualquer tipo de dor! Entrei e o olhei... Me surpreendi... Rosto trancado, triste e cansado. "Será que ele estava adoentado? É, quem sabe, talvez gripado!" Não tinha um semblante alegre, provavelmente devido a febre...

Dei um sorriso meio de lado e um bom dia! Olhei o ambiente bem decorado. Sobre a mesa à sua frente um computador e no seu semblante a sua dor... O que fizeram com o doutor? Quando ouvi a sua voz de repente: "O que a senhora sente?" Como eu gostaria de saber o que ele estava sentindo... Parecia mais doente do que eu a paciente... "Eu? Ah! Sinto uma dorzinha na barriga e uma palpitação" e esperei a sua reação. Vai me examinar, escutar a minha voz e auscultar o meu coração.

Para a minha surpresa apenas me entregou uma requisição e disse: - "Peça autorização desses exames para conseguir a realização... "Quando li quase morri... "Tomografia computadorizada", "Ressonância magnética" e "Cintilografia"!

Ai meu Deus! Que agonia! Eu só conhecia uma tal de "abreugrafia"... Só sabia o que era "ressonar" (dormir), de "magnético" eu conhecia um olhar... e "cintilar" só o das estrelas! Estaria eu a beira da morte? De ir para o céu? Iria morrer assim ao léu?

Naquele instante timidamente pensei em falar "Não terá o senhor uma amostra grátis de calor humano para aquecer esse meu frio? O que fazer com essa sensação de vazio? Me observe doutor! O tal "Pai da Medicina", o grego Hipócrates acreditava que, "A ARTE DA MEDICINA ESTÁ EM OBSERVAR". Olhe pra mim...

É bem verdade que o juramento dele está ultrapassado! Médico não é sacerdote... Tem família e todos os problemas inerentes ao ser humano... Mas, por favor me olhe! Ouça a minha história!Preciso que o senhor me escute e ausculte! Me examine!

Estou sentindo falta de dizer até "aquele 33"! Não me abandone assim de uma vez! Procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança! Alimente a minha mente e o meu coração... Me dê ao menos uma explicação! O senhor não se informou se eu ando descalça... Ando sim! Gosto de pisar na areia e seguir em frente deixando as minhas pegadas pelas estradas da vida, estarei errada?

Ou estarei com o verme do amarelão? Existirá umas gotinhas de solução? Será que já existe vacina contra o tédio? Ou não terá remédio? Que falta o senhor me faz, meu antigo doutor! Cadê o scoot, aquele da emulsão? Que tinha um gosto horrível mas me deixava forte que nem um "Sansão"! E o elixir? Paregórico e categórico.

E o chazinho de cidreira, que me deixava a sorrir sem tonteiras? Será que pensei asneiras? Ahhh! Meu querido e adoentado doutor! Sinto saudade... Dos seus ouvidos para me escutar... Das suas mãos para me examinar... Do seu olhar compreensivo e amigo... Do seu pensar

Do seu sorriso que aliviava a minha dor... Que me dava forças para lutar contra a doença... E que estimulava a minha saúde e a minha crença... Sairei daqui para um ataúde? Preciso viver e ter saúde! Por favor me ajude!

Ohhh! Meu Deus, cuide do meu médico e de mim, caso contrário chegaremos ao fim... Porque da consulta só restou uma requisição digitada em um computador e o olhar vago e cansado do doutor! Precisamos urgente dos nossos médicos amigos... A medicina agoniza... Ouço até os seus gemidos...

Por favor! Tragam de volta o meu doutor! Estamos todos doentes e sentindo dor! E Peço!!! PARA O SER HUMANO UMA RECEITA DE "CALOR“ E PARA O EXERCÍCIO DA MEDICINA UMA PRESCRIÇÃO DE "AMOR"! “ONDE ANDARÁ O MEU DOUTOR?”

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Carpintaria

Contam que numa carpintaria houve uma vez, uma estranha assembléia. Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.

O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia barulho demais e passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo.

Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos.


A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o metro que sempre media os outros segundo suas medidas, como se fora o único perfeito.

Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou seu trabalho. Utilizou o martelo, o parafuso, a lixa e o metro.

Finalmente, uma rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando as ferramentas ficaram novamente a sós, a assembléia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse.

"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos fortes. Assim, proponho um trato: não vamos ressaltar nossos pontos fracos, vamos valorizar os nossos pontos fortes".

A assembléia aprovou a proposta, pois todos tinham entendido que se o martelo era barulhento, também era forte; se o parafuso dava voltas, também unia e dava força; se a lixa era áspera, também era especial para limar e afinar asperezas e se o metro sempre media os outros era ao mesmo tempo, preciso e exato; além disso, todas essas habilidades eram necessárias para o trabalho em conjunto.

Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos.

Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar.

Quando uma pessoa busca defeitos na outra, sempre encontra algo para criticar; dessa forma, o clima torna-se tenso e negativo; ao contrário, quando alguém busca os pontos fortes de cada um, as melhores conquistas humanas florescem.

E fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo, mas trabalhar atentando para as qualidades... isto é para os sábios.

(Autor desconhecido).

"Não se preocupe em entender a vida, pois viver ultrapassa todo entendimento." (Clarice Lispector)


Faça alguém feliz!

Todos nós sabemos como é difícil superar as fases mais difíceis pelas quais passamos. Esta narrativa pode nos ajudar a repensar esses momentos... Dois homens, seriamente doentes, ocupavam o mesmo quarto em um hospital.

Um deles ficava sentado em sua cama por uma hora todas as tardes para conseguir drenar o líquido de seus pulmões. Sua cama ficava próxima da única janela existente no quarto. O outro homem era obrigado a ficar deitado de bruços em sua cama por todo o tempo.

Eles conversavam muito. Falavam sobre suas mulheres e suas famílias, suas casas, seus empregos, seu envolvimento com o serviço militar, onde eles costumavam ir nas férias. E toda tarde quando o homem perto da janela podia sentar-se ele passava todo o tempo descrevendo ao seu companheiro todas as coisas que ele podia ver através da janela.

O homem na outra cama começou a esperar por esse período onde seu mundo era ampliado e animado pelas descrições do companheiro. Ele dizia que da janela dava para ver um parque com um lago bem legal.

Patos e cisnes brincavam na água enquanto as crianças navegavam seus pequenos barcos. Jovens namorados andavam de braços dados no meio das flores e estas possuíam todas as cores do arco-íris. Grandes e velhas árvores cheias de elegância na paisagem, e uma fina linha podia ser vista no céu da cidade.

Quando o homem perto da janela fazia suas descrições, ele o fazia de modo primoroso e delicado, com detalhes e o outro homem fechava seus olhos e imaginava a cena pitoresca. Uma tarde quente, o homem perto da janela descreveu que havia um desfile na rua e embora ele não pudesse escutar a musica, ele podia ver e descrever tudo.

Dias e semanas passaram-se assim. Em uma manhã a enfermeira do dia chegou trazendo água para o banho dos dois homens mas achou um deles morto. O homem que ficava perto da janela morreu pacificamente durante o seu sono a noite.

Ela estava entristecida e chamou os atendentes do hospital para levarem o corpo embora. Assim que julgou conveniente, o outro homem pediu a enfermeira que mudasse sua cama para perto da janela. A enfermeira ficou feliz em poder fazer esse favor para o homem e depois de verificar que ele estava confortável o deixou sozinho no quarto.

Vagarosamente, pacientemente, ele se apoiou em seu cotovelo para conseguir olhar pela primeira vez pela janela. Finalmente, ele poderia ver tudo por si mesmo. Ele se esticou ao máximo, lutando contra a dor para poder olhar através da janela e quando conseguiu faze-lo deparou-se com um muro todo branco.

Ele então perguntou a enfermeira o que teria levado seu companheiro a descrever-lhe coisas tão belas, todos os dias se pela janela só dava para ver um muro branco? A enfermeira respondeu que aquele homem era cego e não poderia ver nada mesmo que quisesse.

Talvez ele só estivesse pensando em distrai-lo e alegra-lo um pouco mais com suas historias.

Moral da historia: Há uma tremenda alegria em fazer outras pessoas felizes, independente de nossa situação atual. Dividir problemas e pesares é ter metade de uma aflição, mas felicidade quando compartilhada é ter o dobro de felicidade. Se você quer se sentir rico, apenas conte todas as coisas que você tem e que o dinheiro não pode comprar. Faça alguém feliz!



quinta-feira, 5 de junho de 2008

Quem é você...