quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

A Lei de Say

A Lei de Say é irrefutável e, sozinha, destrói todo o arcabouço keynesiano
Apenas quem desvirtua seu significado pode alegar que ela é errada

Poucos conceitos são tão distorcidos e mal compreendidos quanto a chamada Lei de Say. Em parte, isso foi obra de John Maynard Keynes, que precisava acabar com ela para abrir espaço para suas políticas intervencionistas. Keynes precisava mostrar que a Lei de Say era falsa porque todo o seu tratado econômico foi construído tendo por base este pilar (o de que Say estava errado).

E como você refuta uma "lei" que sempre havia sido central para os economistas entenderem e explicarem a economia de mercado nos últimos 150 anos? Simples. Você a distorce, cria um espantalho e então bate com gosto neste espantalho. Afinal, bater em espantalhos é muito mais fácil do que refutar a tese verdadeira.

Consequentemente, a "Lei da Say" passou a ser conhecida, segundo os próprios termos criados por Keynes, como uma teoria que diz que "a oferta cria sua própria demanda", o que obviamente é uma descaracterização.

A verdadeira Lei de Say

Originalmente, o significado era outro. Até mesmo o nome era outro. Economistas anteriores a Keynes se referiam a ela como a 'Lei dos Mercados', pois ela descrevia em termos muito simples os fundamentos de como um mercado funciona. Jean-Baptiste Say foi aquele que expressou e explicou a lei da maneira mais simples e direta, o que pode explicar por que ela passou a ter o seu nome.

Say observou que o valor dos bens e serviços que qualquer indivíduo pode comprar é igual ao valor de mercado daquilo que esse indivíduo pode ofertar. Segundo o próprio: "Dado que cada um de nós só pode comprar a produção de terceiros com nossa própria produção, e dado que o valor do que podemos comprar é igual ao valor do que podemos produzir, então quanto mais o homem pode produzir mais ele pode comprar".

Em outras palavras, a produção precede o consumo, e a demanda de um indivíduo só pode ser satisfeita se este indivíduo também ofertar algo a alguém.

A Lei dos Mercados, portanto, diz que o valor dos bens e serviços que qualquer indivíduo pode comprar é igual ao valor de mercado daquilo que ele pode ofertar. Ou, em um sentido macroeconômico agregado, o valor dos bens e serviços que qualquer grupo de pessoas pode comprar no agregado é igual ao valor de mercado daquilo que eles podem ofertar no agregado.

Say, em suma, simplesmente expressou a realidade de que nós produzimos (trabalhamos) para poder consumir.

Como o mercado gera a abundância

Desta maneira, a Lei dos Mercados sintetiza a natureza das ações de mercado, em que a divisão do trabalho faz com que a produção se torne mais especializada. Especificamente, nós produzimos para vender, com a intenção de então usar as receitas da venda para comprar aquilo que realmente queremos.

Isso significa que a produção que ocorre no mercado é indireta, e não é incorrida de modo a satisfazer diretamente as necessidades de cada produtor. Nós produzimos para satisfazer os desejos de outras pessoas. Como consequência, isso nos fornece os meios para comprar a produção de terceiros e, assim, satisfazermos nossos próprios desejos.

O benefício deste arranjo é que há uma separação entre aquilo que quero consumir e aquilo que quero produzir, o que significa que cada um de nós pode se especializar na produção daquilo em que somos comparativamente competentes, e não daquilo que queremos consumir mas não sabemos como produzir. Também significa que podemos nos especializar em produzir apenas um bem ou serviço, e não uma variedade deles, desta maneira cortando custos desnecessários, desenvolvendo habilidades e especialidades, e consequentemente aumentando nossa produção.

Se eu quero um smartphone, posso obtê-lo por meio da minha produção de aulas e trabalhos acadêmicos (que é aquilo que faço melhor), não sendo necessário que eu próprio tenha de um montar um smartphone do nada (o que seria uma tragédia).

Porém, se, de um lado, a especialização universal sob este arranjo de divisão do trabalho significa que a produção geral será significativamente aumentada, de outro também significa que nos tornamos dependentes uns dos outros. Não somente temos de vender aquilo que produzimos para obter os meios necessário para consumirmos, como também temos de transacionar com aqueles que produzem aquilo que desejamos para satisfazer nossas necessidades.

Assim, nós nos tornamos interdependentes. Foi por isso que Mises disse que "Sociedade é divisão de trabalho e combinação de esforços. Por meio da colaboração e da divisão do trabalho, o homem substitui uma existência isolada — ainda que apenas imaginável — pela existência conjunta. Por ser um animal que age, o homem torna-se um animal social."

Este "animal social" se beneficia da (inter)ação do mercado, pratica essa interação e ascende por meio dela. Dado que só podemos nos beneficiar se soubermos como corretamente direcionar nossos esforços produtivos para satisfazer os desejos de outras pessoas, temos de entender essas outras pessoas. Ao fazermos isso, podemos antecipar melhor quais são seus desejos e necessidades, e então nos ocuparmos em tentar satisfazer esses desejos e necessidades.

E dado que a produção é algo que leva tempo, a produção tem necessariamente de preceder a demanda.

O que gera o crescimento econômico

Pelo fato de a demanda ser incerta, toda produção é necessariamente especulativa e empreendedorial. A demanda real só será descoberta quando os bens forem apresentados aos compradores em potencial. Consequentemente, empreendedores são prognosticadores, avaliadores de projetos, tomadores de risco. Em uma economia avançada, eles direcionam fundos para a mão-de-obra, para os proprietários de terra, e para os fabricantes de bens de capital, e só conseguirão recuperar este investimento se forem bem-sucedidos nesta antecipação das demandas dos consumidores e, consequentemente, conseguirem vender seus produtos a preços que viabilizem todo o seu investimento.

Ao mesmo tempo, os consumidores só poderão comprar esses bens e serviços se tiverem eles próprios praticado uma produção que tenha atendido aos desejos e demandas de terceiros — caso contrário, eles terão apenas o desejo de comprar, mas não a capacidade (e isso não é demanda).

Isso não é um argumento circular, mas sim a própria explicação de como ocorre o crescimento econômico. A capacidade de vender bens no mercado, e consequentemente de incorrer em uma produção especializada, requer investimentos anteriores. Por isso, para se especializar em algo, foi necessário que esta pessoas produzisse bens e vendesse em uma quantidade que excedesse a própria necessidade de consumo (para assim acumular poupança). Esta poupança será utilizada para financiar o desenvolvimento de um novo bem. Isso caracteriza um investimento. E esse investimento será especulativo porque a verdadeira demanda só será conhecida quando o produto chegar ao mercado.

A implicação deste raciocínio é que nunca é possível haver uma "superprodução" ou um "excesso de oferta" na economia. Consequentemente, não é possível haver uma "deficiência na demanda agregada", sendo este o cerne de toda a teoria keynesiana. É certamente possível haver um excesso de oferta ou uma escassez de uma mercadoria específica, algo que ocorre regularmente em decorrência de empreendedores não terem sido bem-sucedidos em antecipar corretamente a demanda de mercado por seu produto.

Mas isso só pode ocorrer no curto prazo.

Quando os erros ocorrem

Dado que toda produção é feita com o intuito de vender os bens produzidos para então comprar os bens e serviços que irão satisfazer os desejos do produtor, sua eventual incapacidade de vender irá se tornar sua incapacidade de consumir. Não é possível demandar sem antes ter produzido.

Consequentemente, quando uma pessoa não consegue vender o que produziu, isso não caracteriza uma "deficiência da demanda". Ao contrário, caracteriza uma falha na produção. É uma falha na produção o que causa uma redução na demanda efetiva — uma falha empreendedorial.

Para tornar seus bens atrativos ao consumidor e, assim, conseguir vendê-los, este produtor terá de reduzir seus preços. Houve um erro empreendedorial de sua parte. Ou ele estimou erroneamente seus custos de produção ou ele estimou erroneamente seu preço de venda. Um dos dois, ou ambos, terá de ser corrigido. Caso contrário, ele não conseguirá vender. E consequentemente não conseguirá demandar.

O que houve, portanto, foi um erro na precificação, o qual deve ser corrigido. Empreendedores — por vários motivos — imaginaram que os consumidores atribuiriam a seus bens e serviços valores maiores do que aquele que de fato foi atribuído. Não houve um 'excesso de produção'; houve, isso sim, um erro de cálculo quanto ao futuro valor de mercado dessa produção.

Esse tipo de erro empreendedorial coletivo ocorre tipicamente quando o governo embarca em uma política de crédito farto e barato, o qual gera um aumento temporário da renda disponível das pessoas, que então passam a consumir mais. Ludibriados por esse consumo maior — o qual foi causado pelo mero endividamento barato e não por um aumento genuíno da produção e da renda —, empreendedores passam a crer que haverá maior renda disponível no futuro, de modo que seus bens e serviços serão mais demandados, o que significa que poderão cobrar preços maiores. Mas tão logo essa expansão do crédito é interrompida, todo o cenário de aumento da renda se revela fictício e artificial, mostrando que nunca houve realmente um aumento da renda da população. Houve apenas endividamento. Consequentemente, seus bens e serviços não poderão ser vendidos pelo maior preço antecipado pelos empreendedores.

Logo, se empreendedores erraram em sua estimativa e em sua produção — por qualquer motivo —, então a correção deve necessariamente passar pelo rearranjo dos esforços produtivos, de modo a estimar mais corretamente os desejos dos consumidores e a mais bem servi-los.

Esse diagnóstico da recessão é bastante diferente do diagnóstico keynesiano, que enfatiza que houve uma redução da demanda em decorrência de misteriosas flutuações no "espírito animal" dos empresários, o qual deve ser retificado por meio de mais expansão do crédito, mais endividamento e mais gastos governamentais.

No diagnóstico de Say, o governo deve remover ao máximo os obstáculos burocráticos e regulatórios para que os empreendedores possam rapidamente corrigir seus erros e descobrir quais bens e serviços os consumidores realmente querem (e podem comprar). Dado que o mecanismo de preços é a principal fonte de informação dos empreendedores, uma flexibilidade nos preços de mercado é essencial para uma rápida recuperação.

Se o governo, no entanto, impedir essa correção por meio de política que estimulem a demanda, isso irá apenas subsidiar estes bens que foram produzidos a um custo muito alto. Consequentemente, os erros empresariais serão protegidos e blindados das preferências do consumidor. Os consumidores perderão e os empreendedores ineficientes são premiados. E a economia continuará desalinhada, com a oferta não sendo aquela demandada pelos consumidores.

Ao final, a produção estará em descompasso com a demanda, os empreendedores ruins continuarão no mercado consumindo recursos escassos (e, com isso, prejudicando os mais competentes), os consumidores terão menos poder, e a economia será menos eficiente.

Conclusão

Por isso, é fácil entender por que os defensores do intervencionismo querem abolir a Lei dos Mercados. Se a demanda for separada da oferta e passar a operar independentemente desta, então os mercados jamais serão eficientes, jamais tenderão ao equilíbrio e o governo sempre terá de intervir para nos salvar de nós mesmos.

A Arte da Guerra

Pros novatos da política brasileira...
65 ensinamentos valiosos de Sun Tzu em A Arte da Guerra:

1. A guerra é um assunto de importância vital para o Estado, o reino da vida ou da morte, o caminho para a sobrevivência ou a ruína. É indispensável estudá-la profundamente.
2. Informação é crucial. Nunca vá para a batalha sem saber o que pode estar contra você.
3. Aquele que conhece o inimigo e a si mesmo lutará cem batalhas sem perder; para aquele que não conhece o inimigo, mas conhece a si mesmo, as chances para a vitória ou derrota serão iguais; aquele que não conhece nem o inimigo e nem a si próprio será derrotado em todas as batalhas.
4. Um líder lidera pelo exemplo, não pela força.
5. Trate seus homens como filhos e eles o seguirão aos vales mais escuros. Trate-os como filhos queridos e eles o defenderão com a própria morte.
6. A invencibilidade está na defesa; a possibilidade de vitória, no ataque. Quem se defende mostra que sua força é inadequada; quem ataca, mostra que ela é abundante.
7. A vitória está reservada àqueles que estão dispostos a pagar o preço.
8. Toda guerra é baseada em dissimulação. Por isso, quando capaz, finja ser incapaz; quando pronto, finja grande desespero; quando perto, finja estar longe; quando longe, faça acreditar que está próximo.
9. A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar.
10. Guerreiros vitoriosos vencem primeiro e, em seguida, vão para a guerra, enquanto guerreiros derrotados vão à guerra em primeiro lugar para depois buscarem a vitória.
11. Existem cinco perigos que podem afetar um general: imprudência, que leva à destruição; covardia, que leva à captura; temperamento precipitado, que pode ser provocado por insultos; senso cego de honra, que é sensível à vergonha; excesso de solicitude para com seus homens, que os expõem a preocupação e angústia.
12. Existem três maneiras de um governante trazer infortúnio à guerra: comandar o exército para avançar ou recuar ignorando o fato que não podem obedecer, e assim denegrir o exército; tentar governar o exército da mesma forma como administra o reino ignorando as condições para obtê-lo, e assim causar inquietação na mente dos soldados; empregar os oficiais do exército sem discriminação ignorando os princípios básicos de adaptação das circunstâncias, e assim abalar a confiança dos soldados.
13. O combatente inteligente olha para o efeito combinado de energia e não necessita de tantos indivíduos assim. Daí sua capacidade de escolher os homens certos e utilizar da mesma energia combinada.
14. Quando os soldados ficam muito encostados em suas lanças, estão fracos por falta de comida. Se aqueles que são enviados para pegar água bebem-na, o exército está sofrendo de sede.
15. Estude cuidadosamente o bem-estar de seus homens, não os sobrecarregue. Concentre sua energia e acumule sua força. Mantenha seu exército continuamente em movimento, elabore planos insondáveis.
16. Se você for indulgente, mas inábil para validar sua autoridade; bondoso, mas impotente para fazer valer os seus comandos; e incapaz, além disso, de lidar com a desordem, seus soldados podem ser comparados a crianças mimadas e serão inúteis para qualquer finalidade prática.
17. Quando o general é fraco e sem autoridade, quando suas ordens não são claras e coesas, quando não existem regras fixas aos seus oficiais e quando as fileiras de homens são formadas de forma casual e desleixada, a consequência é a total desorganização.
18. Quando os soldados comuns são demasiadamente fortes e os seus oficiais superiores muitos fracos, o resultado é insubordinação. Quando os oficiais superiores são muito fortes e os soldados comuns fracos demais, o resultado é colapso. Quando os oficiais superiores estão com raiva, insubordinados e atendem à batalha contra o inimigo por sua própria conta e risco a partir de um sentimento de ressentimento, antes que o comandante-chefe diga se estão ou não em condições de lutar, o resultado inevitável é a ruína.
19. Existem cinco fatores que permitem que se preveja qual dos oponentes sairá vencedor: aquele que sabe quando deve ou não lutar; aquele que sabe como adotar a arte militar apropriada de acordo com a superioridade ou inferioridade de suas forças frente ao inimigo; aquele que sabe como manter seus superiores e subordinados unidos de acordo com suas propostas; aquele que está bem preparado e enfrenta um inimigo desprevenido e aquele que é um general sábio e capaz, em cujas decisões o soberano não interfere.
20. Dos cinco elementos, nenhum é predominante. Das quatro estações, nenhuma dura para sempre. Os dias, uns são longos, outros curtos. A Lua enche e míngua. Também são assim os períodos de uma guerra.
21. A água não tem forma constante. Na guerra também não há condições constantes. Por isso, é divino aquele que obtém uma vitória alterando as suas táticas em conformidade com a situação do inimigo.
22. Se o seu oponente é de temperamento colérico, procure irritá-lo. Finja ser fraco, que ele vai se mostrar arrogante, e vulnerável.
23. Há estradas que não devem ser seguidas, exércitos que não devem ser atacados, cidades que não devem ser sitiadas, posições que não devem ser contestadas e comandos do soberano que não devem ser obedecidos.
24. O estrategista hábil é comparado a uma serpente encontrada nas montanhas. Ataque a cabeça e você será atacado por sua cauda; ataque a cauda e será atacado pela cabeça; ataque o meio e será atacado por ambos.
25. Não basta fazer algo pelo simples bem de algo: certifique-se de que isso o ajude. Se é para a sua vantagem, faça um movimento para frente; se não, fique onde está.
26. Não devemos fazer alianças com aqueles que estão familiarizados com nossos métodos.
27. Não há mais de cinco notas musicais, mas as combinações destas cinco originam mais melodias do que pode ser ouvido. Não há mais de cinco cores primárias, mas em combinação elas produzem mais cores do que pode ser visto. Há não mais de cinco gostos palatáveis, ainda que suas combinações produzam mais sabores do que pode ser provado.
28. Seremos incapazes de transformar vantagens naturais para uso a menos que façamos uso de guias locais.
29. O governante esclarecido estabelece planos a seguir, e o bom general cultiva seus recursos.
30. Em caso de perturbação no acampamento, a autoridade do general se mostra fraca. Se as faixas e bandeiras são deslocadas, sedição está acontecendo. Quando servos e ajudantes estão com raiva, isso significa que os soldados estão cansados.
31. O general habilidoso conduz seu exército apenas como se estivesse levando um único homem, quer queira quer não, pela mão. Tal general também deve conceder recompensas sem precisar se pronunciar, e emitir ordens sem levar em conta os anteriores acordos.
32. O verdadeiro método, quando se tem homens sob as nossas ordens, consiste em utilizar o avaro e o tolo, o sábio e o corajoso, e em dar a cada um a responsabilidade adequada.
33. A habilidade de alcançar a vitória mudando e adaptando-se de acordo com o inimigo é chamada de genialidade.
34. As oportunidades multiplicam-se à medida que são agarradas.
35. Não estamos preparados para lidar com um exército em marcha a não ser que estejamos familiarizados com a geografia do local; suas montanhas e florestas, armadilhas e precipícios, pântanos e brejos.
36. Seja sutil. Use seus espiões para cada tipo de negócio. Mas veja, tais espiões não podem ser geridos sem benevolência e frontalidade, pois sem ingenuidade mental não se pode ter certeza da veracidade de seus relatórios.
37. Compare prudentemente o exército inimigo com o seu próprio, de modo que você possa saber onde a força é superabundante e onde é deficiente.
38. Não ataque alguém só por estar magoado. Um general não deve colocar suas tropas em campo apenas para satisfazer seu próprio esplendor.
39. Um bom comandante é benevolente e despreocupado com a fama.
40. A qualidade da decisão é como a rusga de um falcão que lhe permite atacar e destruir sua vítima.
41. No meio do caos há sempre uma oportunidade.
42. Energia é o que tensiona o arco, decisão é o que solta a flecha.
43. Comandar muitos é o mesmo que comandar poucos. Tudo é uma questão de organização.
44. A arte da guerra nos ensina a não confiar na probabilidade de o inimigo não estar vindo, mas sim na nossa própria prontidão para recebê-lo; não sobre a possibilidade de ser atacado, mas sim no fato de que fizemos a nossa posição inatacável.
45. Velocidade é a essência da guerra. Tire proveito do despreparo do seu inimigo, transforme seu caminho em rotas desesperadas e ataque nos sinais de descuido.
46. Para conhecer o seu inimigo você deve tornar-se seu inimigo.
47. O medo é o verdadeiro e único inimigo.
48. Lembre-se: você é seu próprio general. Então, tome agora a iniciativa, planeje e marche decidido para a vitória.
49. Para cada vitória sofremos uma derrota.
50. A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.
51. A vantagem estratégica desenvolvida por bons guerreiros é como o movimento de uma pedra rolando por uma montanha com 500 metros de altura. A força necessária é insignificante; o resultado, espetacular.
52. Se numericamente és mais fraco, procura a retirada.
53. Um general não deve empreender uma guerra num ataque de ira, nem deve enviar suas tropas num momento de indignação. Entenda que um homem que está enfurecido voltará a ser feliz, e aquele que está indignado voltará a ser honrado, mas um Estado que pereceu nunca poderá ser reavivado, nem um homem que morreu poderá ser ressuscitado.
54. Deixe seus planos serem escuros e impenetráveis como a noite e, quando você se mover, caia como um raio.
55. Quando cercar o inimigo, deixe uma saída para ele, caso contrário, ele lutará até a morte.
56. Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você deve enxergar o que não está visível.
57. Se quisermos que a glória e o sucesso acompanhem nossas armas, jamais devemos perder de vista os seguintes fatores: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando, a disciplina.
58. Se não é vantajoso, nunca envie suas tropas; se não lhe rende ganhos, nunca utilize seus homens; se não é uma situação perigosa, nunca lute uma batalha precipitada.
59. A água escolhe o seu percurso de acordo com o terreno que atravessa. O guerreiro busca a vitória de acordo com o inimigo que enfrenta.
60. Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças.
61. Derrotar o inimigo em cem batalhas não é a excelência suprema; a excelência suprema consiste em vencer o inimigo sem ser preciso lutar.
62. Não há exemplos de uma nação beneficiando-se da guerra prolongada.
63. Só mudando a si mesmo o homem pode mudar o que está a sua volta. Se o pensamento não muda, o que vemos é o que temos visto pelo mundo afora: um império substituindo o outro, e um opressor sentando no trono sangrento de outro opressor. Enquanto o homem não muda a si mesmo, o que vemos é apenas escuridão e ranger de dentes.
64. Evitar guerras é muito mais gratificante do que vencer mil batalhas.
65. A vitória é o principal objetivo na guerra, mas o verdadeiro propósito da guerra é a paz.

.
.
.