terça-feira, 19 de agosto de 2008

A Ambição do Homem

A Ambição do Homem
Um homem qualquer procurou o seu presente numa noite de natal.
Viu uma àrvore, na sua justiça exigiu um bosque.
Tropeçou numa pedra, na sua vingança comprou uma montanha.
Encontrou uma flor, na sua vaidade se apoderou de um jardim.
Com malícia, de peão quis ser rei.
Com truques, de rei se comparou a um Deus.
Forte, não compreendeu seu pai.
Seguro julgou seu filho.
Insatisfeito, impôs ser amado.
Frágil, tombou na espera de um premio.
De mãos vazias, blasfemou a traição.
Sem sapatos, descalço, sentiu a grama fria.
Sem camisa, nú, percebeu o vento morno.
Sem anéis dourados, pobre, se pintou com um arco-íris.
Se amou, feliz, descobriu que estava vivo
... E agradeceu. (Juarez Machado)