Gliese 581 c
Gliese 581 c
A busca do homem por um local semelhante ou a procura por uma outra forma de vida
Gliese 581 c: o "gêmeo" da terra
A busca finalmente terminou - ou, nas palavras dos próprios cientistas, ela acaba de ficar mais interessante. Um grupo europeu de pesquisadores acaba de descobrir um planeta fora do Sistema Solar que é muito parecido à Terra, com condições para abrigar vida.
Gliese 581 c (apelidado pelos astrônomos de "Super Terra") é um planeta extra - solar que orbita a estrela anã vermelha. Gliese 581, fica na constelação libra e localiza - se a 20,3 anos-luz da Terra. A estrela em que orbita possui 1/3 da massa do Sol e emite 50 vezes menos energia. Este planeta aparenta uma zona de estado habitável, tal como a Terra no sistema solar, o que significa que poderá conter água no estado líquido.
É o primeiro planeta extra solar habitável encontrado na história. A descoberta do planeta foi anunciada por astrônomos da França, Portugal e Suíça (24 de abril de 2007), e liderada por Stéphane Udry do Observatório de Genebra usando o instrumento HARPS do ESO (Observatório Europeu do Sul), localizado no Chile. A equipe usou a técnica de velocidade radial.
Baseando-se numa projeção da temperatura à superfície, Gliese 581 c poderá ser o primeiro planeta semelhante à Terra. Está também entre um dos menores planetas. Possui um diâmetro 50% maior que o da Terra (estimativa baseada na sua massa), e quase cinco vezes mais maciço, fazendo com que a gravidade da superfície seja 2,15 vezes mais forte que a terrestre.
Gliese 581 c pode estar sempre com a mesma face virada para a sua estrela - mãe. Este efeito pode fazer com que o planeta apresente diferenças de temperatura bastante consideráveis entre a face sempre iluminada e a face em noite eterna. Por outro lado, as partes entre as duas faces podem possuir um clima moderado, mais propício para o surgimento da vida.
A circulação atmosférica pode redistribuir o calor da estrela de forma mais equilibrada, permitindo uma habitabilidade maior. Segundo o co-autor do estudo que identificou o planeta, o astrofísico francês Xavier Bonfils do Observatório Astronômico de Lisboa, a temperatura pode variar entre zero e 40 graus Celsius, cuja temperatura média seria de 15 graus, ou seja, pode ter água em estado líquido na superfície.
Cientistas da NASA disseram que o novo planeta, caso fosse possível, poderia ser alvo de pesquisas tripuladas, já que existe a tendência de que os seres humanos possam sobreviver às condições do novo planeta.
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