Tudo Pelo Poder 07
Capítulo 7: Deng visita o sul almejando uma economia aberta; Jiang vence os irmãos Yang e toma o poder (1992-1994)
Deng Xiaoping perdeu seus principais defensores da política de reforma e abertura após a remoção de Hu Yaobang e Zhao Ziyang. Jiang Zemin, no cerne da “Liderança de Terceira Geração”, não apenas não promoveu um programa de reforma e abertura, como também chegou ao ponto de criticar a teoria. Deng passou a acreditar que não tinha escolha a não ser fazer lobby a favor da política ele mesmo. Foi assim que um velho e frágil Deng, com a ajuda de sua filha, fez uma viagem especial ao sul da China em 1992 para promover um programa de reforma e abertura até então interrompido.
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Em 17 de janeiro de 1992, um trem especial partiu de Pequim, acelerando para o sul. No trem estava Deng Xiaoping, então com 88 anos, acompanhado por sua esposa, filha e um velho amigo—o presidente da China, Yang Shangkun. De 18 de janeiro a 21 de fevereiro, Deng viajou por Wuchang, Shenzhen, Zhuhai e Xangai, fazendo o que mais tarde ficou conhecido como “Viagem ao Sul de Deng Xiaoping”.
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A razão direta da Viagem ao Sul de Deng foi a promoção de políticas de extrema esquerda de Jiang Zemin (conservadoras, linha-dura) que se opunham às reformas. E foi Jiang quem, mesmo após a turnê de Deng, evitou relatar os discursos feitos por Deng durante a turnê. De todas as coisas, porém, após a turnê de Deng, Jiang assumiu descaradamente o crédito pelas reformas que ocorreram. O fato é que naquele ano as pessoas que mais ajudaram Deng na promoção de reformas e abertura foram os irmãos Yang Shangkun e Yang Baibing, ambos detentores do poder militar. Após a turnê, a figura que teve o papel mais importante na formação da economia da China não foi Jiang, mas Zhu Rongji. Com a 14ª Sessão Plenária do Congresso Nacional do PCC, os irmãos Yang perderam sua influência nas forças armadas e logo se tornaram oponentes de Jiang. Jiang aparentemente percebeu isso: Jiang não só se juntou a Zeng Qinghong para matar Yang Shangkun em 1998, como também, novamente com a ajuda de Zeng, queria Yang Baibing morto perpetuamente. A antipatia de Jiang pelos irmãos Yang ia além dos rancores pessoais até incluir inveja pelas realizações dos irmãos. Jiang viu os irmãos Yang como um obstáculo para receber o crédito pelo programa de reformas bem-sucedido de Deng.
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1. Ultimato de Deng Xiaoping Em 18 de janeiro de 1992, Deng Xiaoping chegou a Wuchang para se encontrar com Guan Guangfu, secretário do Comitê Provincial do PCC em Hubei, e Guo Shuyan, governador da Província de Hubei, marcando o início de sua Viagem ao Sul. Durante a reunião, Deng nomeou diretamente Jiang Zemin e pediu a Guan e Guo que passassem uma mensagem ao Comitê Central do PCC: “Quem se opõe às políticas do 13º Congresso Nacional do PCC terá que renunciar”. Jiang achou a mensagem muito irritante, embora tenha optado por não expressar seu ressentimento. Por algum tempo, Jiang não expressou apoio de qualquer tipo para os discursos de Deng na Viagem ao Sul.
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No dia 19, o trem de Deng chegou à Zona Econômica Especial de Shenzhen. Deng, embora normalmente fosse um homem de poucas palavras, fez um longo discurso no qual claramente emitiu um ultimato a Jiang: “Reforma e abertura é a tendência dos tempos, que ganhou o apoio de todo o Partido e da população em toda a nação. Quem não fizer parte das reformas terá que renunciar”. Junto com isso, Deng fez Yang Shangkun e Wan Li arranjarem uma lista de pessoas identificadas como “líderes” para o 14º Congresso Nacional do PCC (a ser realizado no final de 1992); a lista incluía candidatos para o próximo secretário-geral do partido. Durante a viagem, Deng foi acompanhado por Yang Shangkun, que era um amigo próximo e ao mesmo tempo presidente da China e primeiro vice-presidente da Comissão Militar Central. Na excursão, Deng encontrou-se individualmente com pessoas como Qiao Shi, Liu Huaqing, Ye Xuanping, Zhu Rongji e Yang Baibing. A abordagem de Deng sugeria duas coisas. Por um lado, sugeria que Deng estava trabalhando duro para angariar apoio para seu programa de reforma e abertura. Em segundo lugar, porém, exibiu da intenção de Deng de promover Qiao Shi e remover Jiang Zemin.
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Na viagem, Deng mencionou repetidamente as “notáveis realizações de Zhao Ziyang na aceleração do desenvolvimento” durante seus cinco anos de gestão da economia. Após a Viagem ao Sul Deng não desistiu, novamente enviando pessoas para contatar Zhao Ziyang. Mas Zhao ainda se recusou a admitir qualquer “erro” nesta parte em lidar com o movimento pela democracia estudantil. Tanto antes quanto depois de sua viagem, Deng enviou muitas pessoas para falar com Zhao, mas Zhao manteve sua posição e insistiu que não estava errado. Zhao honrou sua consciência, ao contrário da linha do Partido—algo raro no Partido Comunista.
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Nos dois anos após se tornar secretário-geral do PCC, Jiang Zemin executou políticas de extrema esquerda e trabalhou para desenvolver essas estratégias destinadas a conter a suposta tentativa do Ocidente de “transformar pacificamente” o regime comunista. As palavras de Deng Xiaoping, “Qualquer pessoa que não fizer parte das reformas terá que renunciar”, atingiram um ponto sensível em Jiang. Na manhã de 20 de fevereiro, Jiang realizou uma reunião ampliada do Politburo na qual transmitiu o discurso de Deng. Quando uma série de discursos de Deng foram transmitidos a todo o Partido como documentos do Comitê Central do PCC, Jiang removeu muitas passagens, usando a desculpa de que causariam “instabilidade ideológica entre os quadros dentro do partido”. O mais notável foi o corte de passagens como, “Reforma e abertura é a tendência da época, que ganhou o apoio de todo o Partido e do povo em toda a nação. Quem não fizer parte das reformas terá que renunciar”. Jiang chegou ao ponto de proibir a mídia de relatar detalhes da Viagem ao Sul de Deng, fazendo com que a maioria das pessoas na China não soubesse nada sobre a viagem.
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Um dia, no final de fevereiro de 1992, Li Ruihuan, membro do Comitê Permanente do Politburo e o homem encarregado da ideologia entre os membros do Partido, perguntou a Gao Di, chefe do Diário do Povo: “Por que o Diário do Povo não tem noticiado sobre os discursos Deng da Viagem ao Sul? Por que eles (os repórteres do jornal) não agem?”. Confiante e ousado, Gao Di respondeu com uma pergunta: “O camarada Xiaoping agora é apenas um membro comum do Partido. Eu me pergunto de que perspectiva podemos retratá-lo em uma reportagem?”. Foi sabendo que tinha Jiang Zemin com quem contar que Gao ousou contradizer Li. Mas o que Gao não percebeu foi que a posição de Jiang como secretário-geral foi de fato concedida a ele por Deng Xiaoping. Deng, que tinha o apoio dos militares, poderia rescindir a nomeação a qualquer momento.
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2.Um tolo assustado De 20 de março a 3 de abril de 1992, Pequim realizou a 5ª Sessão do 7º Congresso Nacional do Povo (NPC). A reunião se concentrou na implementação de reformas. Sobre a questão de Jiang cortar partes dos discursos de Deng na Viagem ao Sul, os militares—os pesos-pesados nas lutas políticas—se manifestaram. No Congresso, Yang Baibing—que era secretário do Secretariado do Comitê Central do PCC, secretário Geral da Comissão Militar e diretor do Departamento Político Geral das Forças Armadas—foi o primeiro a expressar apoio a Deng. Yang gritou: “Proteja as reformas e a abertura”. Junto com isso, Yang pediu diretamente ao Diário do Exército de Libertação do Povo para publicar um editorial intitulado “Proteja as reformas e a abertura”. A peça foi significativa na medida em que articulou publicamente a posição do campo de reforma, para “responder firmemente ao apelo do camarada Xiaoping e proteger as reformas e a abertura” e assumiu uma posição pública em apoio a Deng. He Qizong, Chefe Adjunto do Estado-Maior General do Exército de Libertação Popular (ELP), foi o primeiro do Departamento de Estado-Maior a responder. O apelo de Yang para “Proteger as reformas e a abertura” tinha como alvo direto Jiang Zemin. Daquela época em diante, Jiang sentiu um profundo ressentimento contra Yang e He. Mais tarde, Jiang os retiraria do poder.
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Em 26 de março—uma data que caiu durante a reunião do NPC— um jornal, Shenzhen Special Economic Zone Daily, publicou um extenso artigo intitulado “Um vento oriental traz a primavera— relatórios sobre o camarada Deng Xiaoping na cidade de Shenzhen”. Esta foi a primeira publicação a divulgar a Viagem ao Sul de Deng e seus importantes discursos. Na tarde daquele mesmo dia, o Yangcheng Notícias da Noite publicou uma reimpressão de quase todo o artigo do Zona Econômica Especial de Shenzhen, algo muito improvável. Então, em 28 de março, o Diário de Wenhui de Shanghai e o China Business Times publicaram o texto completo do artigo. Dois dias depois, em 30 de março, a Xinhua News Agency—uma agência estatal sob o controle de Jiang – também publicou o artigo na íntegra. O fato de a Xinhua publicar o artigo cerca de quatro dias depois de sua primeira aparição no Shenzhen Special Zone Daily refletia a relutância de Jiang.
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Yang Baibing tomou uma posição em nome dos militares, apoiando publicamente os discursos de Deng na Viagem ao Sul e, por sua vez, os militares deram a Deng seu apoio mais forte. O poderoso apoio do PLA assustou aqueles que se opunham à reforma. A maré mudou de repente. Chocado e perturbado, Jiang sentiu que os militares estavam atrás dele. Jiang, ainda cambaleando, usou um truque político de duas caras quando se encontrou com os japoneses em 1º de abril: ele afirmou que concordava com os discursos de Deng. Deng interpretou o comentário de Jiang como uma conversa fiada, acreditando que havia pouca sinceridade por trás das palavras.
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Faltavam apenas alguns meses para o 14º Congresso Nacional do PCC. Yang Baibing jogou a carta militar cujo impacto foi considerável sobre os níveis superiores do PCC. A situação política em Pequim era perigosa e imprevisível. Depois da Viagem ao Sul de Deng, a falta de visão de Jiang Zemin e o fato dele ter ficado em cima do muro levou Deng ao limite de sua paciência. Em 22 de maio, apesar do calor em Pequim na época, Deng visitou o Grupo Shougang—uma das maiores siderúrgicas da China. Na frente dos trabalhadores e dirigentes da empresa, ele reclamou: “Sobre minhas palavras, algumas pessoas são descuidadas, outras silenciosas. Elas realmente se opõem a elas e discordam. Apenas um pequeno número de pessoas realmente age”. Deng então pediu aos líderes de Pequim Li Ximing e Chen Xitong, que o acompanharam até o local, que “transmitissem esta mensagem ao Comitê Central”. Por “Comitê Central”, Deng obviamente se referia a Jiang.
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Durante esse período, Qiao Shi—que era membro do Comitê Permanente do Politburo, Secretário do Comitê de Assuntos Políticos e Legislativos, e Diretor da Escola Central do Partido— apontou muitas vezes que as reações aos discursos de Deng não deveriam ser simplesmente questões de “gabar-se e de conversa fiada”. Era a maneira de Qiao criticar Jiang indiretamente. O vicepremiê Tian Jiyun expressou em certos termos seu apoio às reformas de Deng.
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A pedido de Qiao Shi, Tian Jiyun fez um discurso na Escola do Partido do Comitê Central do PCC em maio de 1992 criticando Jiang Zemin, embora não pelo nome. Ele disse:
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“Ao eliminar as ‘influências’, devemos estar atentos para aqueles que são duas caras. Essas pessoas vão virar as palmas das mãos para cima para as nuvens e para baixo para a chuva. [1] Elas falam em termos humanos para humanos e em termos monstruosos para monstros. Quando tiverem oportunidade, surgirão para se opor à reforma e à abertura. Caso essas pessoas obtenham o poder supremo, representarão um desastre para a nação e para o povo”. [2]
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Jiang cerrou os dentes de ódio ao ouvir o discurso. Ele estava planejando dar outra demonstração de apoio às reformas, sabendo que as coisas não estavam indo bem, mas agora seu blefe havia sido denunciado por Tian.
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Li Xiannian em uma ocasião ficou descontente com o apoio de Tian ao programa de reforma e abertura. Em uma reunião do Politburo em 27 de outubro de 1989—não muito depois do Massacre da Praça Tiananmen—Jiang desacreditou todas as contribuições de Zhao Ziyang para a reforma. No local, Tian passou a apontar, no entanto, que a nova geração de líderes não poderia negar as realizações da geração anterior; todos deveriam ter uma parte dos resultados e também dos problemas. Li ficou irado e gritou, ao ouvir as observações de Tian: “Mais uma vez, o lacaio de Zhao Ziyang surge!”.
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Mas o que deixou Jiang verdadeiramente desamparado foi quando Tian falou abertamente em críticas ao comportamento de duas caras de Jiang enquanto o grande apoiador de Jiang, Li Xiannian, estava hospitalizado. Jiang não podia fazer nada a respeito. No final de maio, um grupo de especialistas médicos de cuidados especiais relatou que Li estava em estado crítico. Jiang começou a sentir que sua própria posição estava em perigo e que a situação era muito desvantajosa para ele. Sem alternativa, Jiang só poderia virar as velas contra o vento, suavizando sua oposição às chamadas “reformas da burguesia”.
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Em 9 de junho de 1992, a Escola do Partido do Comitê Central do PCC foi protegida tão fortemente como se estivesse enfrentando um inimigo mortal. Jiang, cercado por Qiao Shi e um séquito de soldados e policiais, entrou no salão de assembleias da instituição. Professores e alunos riram de Jiang e da cena, comentando: “Qiao Shi deve ter forçado Jiang a vir aqui”. Jiang então prosseguiu, sob pressão de Qiao, para fazer uma palestra em apoio aos discursos da Viagem ao Sul de Deng. Jiang sentiu que isso representava uma perda de prestígio, por ter sido forçado a vir. Seu ressentimento por Qiao cresceu ainda mais. Um observador no salão de assembleia comentou: “Você pode ver que Jiang não quis dizer o que ele disse”. Na superfície, pelo menos, Jiang fez uma demonstração de reverência.
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Entre a primavera e o verão de 1992, a posição do secretário-geral Jiang afundou dramaticamente. Alguns até especularam que Jiang teria que ceder seu posto. Em 21 de junho, Li Xiannian morreu de doença em Pequim. A situação forçou Jiang a mudar de atitude. Jiang rapidamente começou a fingir apoio às reformas de Deng, embora a mudança tenha ocorrido muito mais tarde do que o apoio de outros. Jiang temia tanto a perspectiva de perder sua posição que não conseguia dormir ou comer muito bem. O mais preocupante para Jiang era que ele poderia ser repreendido dentro do Partido por suas ações atuais e passadas. Jiang, portanto, fez uma visita secreta a Deng e ofereceu uma rodada profunda de autocrítica. Jiang jurou com a vida, com lágrimas nos olhos, seguir Deng e levar a cabo o programa de reforma e abertura até o fim.
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Naquela época, Jiang também estava sentindo uma enorme pressão dos irmãos Yang, Qiao Shi, Wan Li e Tian Jiyun. Jiang nutria uma mistura de ódio e medo do grupo. No final das contas, Jiang mudaria de posição, passando de uma postura anti-reforma para uma de apoio à política. De importância crítica para Jiang foi— e ainda é—como este capítulo de sua história foi escrito; há muito ele está ansioso para se apresentar como uma pessoa de mente aberta a favor da reforma. Uma frase na biografia de Kuhn de Jiang é reveladora, pois nela se detecta o desejo de Jiang de ocultar e reescrever esta parte de seu passado. Kuhn escreve: “No fundo, Jiang era um reformador econômico, mesmo que não com o zelo missionário de Deng”. [3] O “fundo” e “mesmo se não com” visam mascarar tudo o que Jiang fez intencionalmente para resistir ao programa de reformas de Deng e aos esforços externos para “transformar pacificamente” o regime da China. Como Jiang teria dito, ele foi, incrivelmente, vítima de bullying dos conservadores. Mas se fosse esse o caso, Deng poderia simplesmente ter visitado a residência de Jiang para discutir o fortalecimento das reformas. Por que Deng teve que viajar com Yang Shangkun—uma poderosa figura militar—até o extremo sul da China?
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