quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Como ler

 




Então você fez um mapa astral e se deparou com um monte de informações ultracompletas, que realmente podem intimidar à primeira vista, certo? Todas as inuências e tendências estão lá, como uma impressão digital do momento exato do seu nascimento, mas sabemos que é um monte de coisa para ler e assimilar e se você é um iniciante, pode ter várias dúvidas. 

Um dos primeiros grandes desaos para os amantes ou entusiastas da astrologia é saber como funciona a síntese e a leitura completa de um mapa astral. O que os planetas, signos, casas e aspectos representam? 

Muitas vezes, nos deparamos com pessoas que reduzem o escopo da astrologia divivindo todos os seres humanos em apenas 12 categorias apenas: os doze signos. Mas, se adicionarmos apenas o Ascendente a essa equação, o número já aumenta para 144 combinações. 

E isso é só a ponta do iceberg, pois a posição do regente do ascendente, das casas astrológicas, dos aspectos planetários e muitas outras variáveis elevam a análise astrológica para um nível totalmente diferente. No caso do nosso mapa astral pessoal, até fazemos uma forcinha para eventualmente ler e reler até ganhar um maior entendimento, principalmente em épocas diferentes, com outra cabeça, outro approach... porém, se fizermos mapas de amigos, familiares e relacionamentos, pode ser difícil examinar tudo no mesmo nível de detalhes. Para te ajudar, vamos mostrar coisas importantes a serem levadas em consideração para que você consiga ter uma noção geral bem sintetizada. 

Preparamos um guia interessante para você aprender passo a passo o básico sobre como ler seu mapa astral e o que cada parte dele signica.

Para começar, o que é um Mapa Astral? 
Esta parece uma pergunta muito simples, mas tem bastante profundidade se reetirmos sobre ela com calma. No sentido mais básico, podemos questionar: um mapa astral é apenas um guia do nosso mundo interior, de nossa composição psicológica e personalidade? Ou um mapa da nossa vida inteira, do nosso destino, dos acontecimentos e eventos da vida, carreira, cotidiano e ambiente familiar?

E a resposta é: ambos. Na verdade, o mapa astral descreve como percebemos, experimentamos, interpretamos e interagimos com a realidade à nossa volta. A dinâmica de um mapa astral tem como principal proposta exibir a possível atuação dos campos de energia que são gerados constantemente ao nosso redor de acordo com o posicionamento da terra em relação aos outros astros - e como elas irão nos influenciar continuamente durante a vida, de acordo com o estudo da astrologia e do hermetismo, primeriamente em sua segunda lei, a Lei da Correspondência: "O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora".

Um Mapa Astral pode ser considerado como um tipo de "manual básico do autoconhecimento", algo que nos ajuda a trilhar nosso caminho em direção a uma evolução pessoal.

Mas, uma coisa é certa: a interpretação de um mapa astral não pode ser vista como algo objetivo, preto no branco. Há muitas influências e nuances a serem consideradas junto com a nossa subjetividade, intuição, consciência, sentimentos e visão de mundo.

A mecânica astrológica Todo corpo celeste tem suas próprias ondas eletro-magnéticas e ação gravitacional. Assim como o posicionamento da Lua influencia nas marés, outras diferentes influências chegam até nós dependendo do posicionamento que a terra se encontra em relação ao cosmos.

Todos nascemos em um local diferente no globo e estamos nos movendo o tempo todo através do tempo e espaço, sofrendo interações diferentes a todo instante: a terra gira sobre seu próprio eixo e ao redor do sol, junto com outros planetas do nosso sistema solar. Este, também está girando em torno do centro da galáxia, junto com outros sistemas, numa espiral eterna. Quem sabe talvez um dia chegaremos a constatação de que a palavra ideal para a ação astrológica efetiva seja radiação.

Os planetas e signos, com seus significados próprios dentro do estudo da astrologia, representam certos princípios arquetípicos que trabalham juntos de acordo com a situação cósmica de um determinado momento no espaço-tempo, interagindo conosco de acordo com suas forças, fraquezas, propostas e capacidades.

O signo onde Mercúrio está, por exemplo, dá forma à maneira como captamos e transmitimos informações e ao funcionamento do nosso sistema nervoso. A casa astrológica onde Netuno se encontra tende a se tornar mais embaçada (confusa) e nebulosa na forma como a experimentamos. Já o posicionamento de Júpiter, nos mostra como e onde temos a tendência a termos mais sorte, abundância, oportunidades e expansão.

Por conta das combinações individuais de todo o contexto do mapa e na nossa forma subjetiva de experimentar a realidade, certos potenciais se desenvolvem de forma mais fluida e outros não. Algumas partes de nossos mapas mostram benesses e boa sorte, nos apoiam e encorajam. Já outras são mais desafiadoras, nos propondo limitações, atitudes de superação e forçando situações de desapego.

Analisar nosso mapa astral pode nos trazer mais consciência, mas como tudo na vida, não devemos ficar totalmente presos a ele para que não ponhamos a responsabilidade de tudo o que acontece em nossas vidas, nos astros.

É importante entender que, na verdade, não existem aspectos ou posições negativas ou que irão nos prejudicar de forma perpétua. Mesmo que certas configurações possam nos demandar mais energia, nos deixar exaustos, limitados ou fracos, todo desafio carrega uma grande quantidade de energia sendo liberada dentro de nós quando é resolvido. Não devemos ter medo de aspectos considerados mais tensos, pois eles significam que temos coisas a aprender e evoluir ao longo da atual existência.

O que a astrologia diz basicamente é que: somos uma extensão do cosmos operando em sua mais perfeita ordem. A palavra "cosmético" em seu contexto contemporâneo vem dessa ideia, pois deriva da palavra grega "cosmos" , que significa basicamente "beleza", "ordem", "harmonia", "organização".

O universo é de fato algo belo que trabalha dentro de seu próprio "caos organizado". Todos nós somos uma espécie de extensão do universo, a manifestação humana do CRIADOR, em um determinado tempo e lugar. Como ferramentas de suas necessidades atemporais, somos o universo se expressando e experimentando a si mesmo

Parece algo difícil de ser compreendido, mas lembre-se de que nossos sentidos são muito limitados. Podemos ver (as cores) muito pouco do espectro eletromagnético e ouvir menos ainda. Alguns animais, por exemplo, não podem ver determinadas cores pois não possuem os receptores necessários para tal.

E tudo o que experimentamos, fazemos com nossos cinco sentidos. As cores e o som não existe em si mesmos - nós temos que criá-los e interpretá-los em nossos cérebros e mentes. Tudo é composto apenas de ondas eletro-magnéticas até que consigamos traduzi-las em conceitos como som, visão, paladar, olfato, etc. Há muitas outras energias das quais não estamos cientes, mas isso não significa que elas não existam.

A astrologia carrega em seu cerne a disposição de tentar tocar o intangível através de símbolos e arquétipos que possam traduzir, em uma linguagem humana, toda essa interação energética, traçando um paralelo entre o macro-cosmo e o nosso micro-cosmo, a nossa existência mundana.
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